Clique nas imagens para ampliar
         
Projeto Maravilhas em São José do Norte
 

         
Projeto Maravilhas em exposição na cidade de Santa Vitória do Palmar, no Teatro Independência
 

         
Apresentação a convite do Projeto Café com Arte no Atelier Livre da prefeitura de Porto Alegre - 12/11/2015
 

         
O Projeto Maravilhas participa da exposição coletiva TRAVESSIAS: O MESMO E O OUTRO - Pesquisa de Lurdi Blauth, Dra. em Artes Visuais, professora e pesquisadora na Universidade FEEVALE e curadora desta mostra.
 

         
Exposição FURG - Universidade Federal do Rio Grande - Prédio das Artes - 11 a 25 de setembro de 2015 - Rio Grande
 
 

         

Exposição Casarão N6 - Secretaria de Cultura da Prefeitura de Pelotas em parceria com Triplex Arte Contemporânea

05 a 29 de maio de 2015

Clique nas imagens para ampliar
 

 
13 de Fevereiro - Ilha da Feitoria - Pelotas
 
31 de janeiro - São José do Norte e Ilha dos Marinheiros -
 

 
Janeiro 2015 - Viagem a São José do Norte e Ilha dos Marinheiros
 

 
17 Janeiro 2015 - Segunda viagem a Santa Vitória do Palmar - coleta de informações e imagens para vídeo sobre o Porto da cidade -
 

 

Projeto Maravilhas –histórias e memórias afetivas é contemplado pela FUNARTE com o prêmio Mulheres nas Artes Visuais

 

Dezembro 2014 - Viagem a Santa Vitória do Palmar

 
   
15 de junho 2014 - As Charquadas - viagem de coleta de informações para próximo vídeo -  
   

 
   

Estação Balneária As Maravilhas

 

Santa Vitória do Palmar, cidade do extremo sul do Brasil, parece ainda manter o tempo necessário para a existência das narrativas, assim como tantas outras cidades afastadas dos grandes centros. Walter Benjamin em O Narrador: Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov, nos fala que a falta do tempo de escuta é um dos motivos do fim das narrativas. Um certo tédio é necessário. Tédio não como um sentimento negativo, mas como o espaço de tempo que nos deixa receptivos à escuta de relatos narrados por aqueles que vivenciaram acontecimentos ou presenciaram outro narrador contando histórias surpreendentes.

Em nossas recentes viagens à Santa Vitória, eu e Renato, meu irmão, percebemos este outro tempo entre os moradores da cidade. Um encontro na calçada, por exemplo,e o tempo necessário para troca de informações entre amigos, parece muito mais importante que o próximo compromisso da agenda.

Se as pessoas hoje não mais fiam ou tecem, como cita Benjamin, enquanto ouvem histórias, nestas cidades do sul elas ainda tomam o chimarrão. A roda de chimarrão é a hora dos relatos, mesmo que em "luta" contra o tempo destinado a assistência da informação imediata dos telejornais. A narrativa nada tem em comum com a informação. Quem transmite a informação não precisa ter necessariamente vivenciado a notícia. Já o narrador sempre terá vivenciado sua história, mesmo quando foi transmitida por outro narrador, este último estará contado sobre o dia em que ouviu tal história. Esta falta de vivência das experiências é apontada como um dos motivos do fim das narrativas.